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Os estilos

A caligrafia árabe possui seis estilos principais: Thuluth, Ruqa’a, Farsi, Diwani, Kufi e Naskh. Os caracteres árabes podem ser escritos de diferentes maneiras  para tomar formas de monumentos, flores, objetos ou até mesmo animais. Isso lhe confere uma riqueza ornamental praticamente ilimitada.

A palavra PAZ em todos os Estilos 

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Thuluth

Primeira escrita formulada no século VII, durante a Dinastia Omíada, desenvolveu-se por completo no final do século IX. O estilo thuluth é uma das mais importantes escritas ornamentais. Caracteriza-se pelas letras curvas e pequenos traços na parte de cima das letras que são ligadas e algumas vezes entrecortadas.

thuluth

 

Ruqa’a

A escrita ruqa’a nasceu dos estilos naskh e thuluth. É arredondada e estruturada de uma forma mais densa, com pequenos traços horizontais. Uma das favoritas dos calígrafos otomanos, foi revista por calígrafos até transformar-se em uma das escritas mais populares e amplamente usadas.

ruqaa

 

Farsi

Estilo desenvolvido pelos Persas, a partir de uma escrita árabe antiga e pouco conhecida, chamada firamuz. Também chamada de ta’liq, atualmente goza de aceitação entre os árabes e é o estilo caligráfico mais comumente utilizado entre os muçulmanos persas, hindus e turcos.  

farsi

 

Diwani

Estilo muito utilizado pela chancelaria do Império Otomano, o diwani é caracterizado por suas belas curvas. Concilia a maravilha, a liberdade de criação e o rigor da escrita, permitindo representar de maneira sutil qualquer imagem apenas com as letras árabes.

diwani

Naskh

A escrita naskh ganhou popularidade por meio do famoso calígrafo Ibn Muqla, no século X. Mais tarde, foi reformulada por Ibn Bawab e outros que a transformaram numa escrita muito usada no Alcorão, por ser relativamente fácil de ler e escrever. Caracteriza-se pelos traços pequenos horizontais e curvas cheias e profundas.

naskh

 

Kufi

A escrita cúfica foi a escrita sagrada dominante nos primórdios do Islã. Criada no Iraque, no século VIII, tinha medidas proporcionais específicas, com linhas quadradas e ângulos bem pronunciados. Por sua construção geométrica, podia ser adaptada a qualquer espaço e material.

kufi

 

 

Fonte: Livro “Caligrafia Árabe”, de Moafak Dib Helaihel. Edições BibliASPA.